segunda-feira, 12 de outubro de 2020

          




Fotos antigas (26/05/2014) 

Hoje, ao ligar meu computador, fiquei a analisar os painéis de fotos que ficam em frente a ele, e na parede lateral do escritório.

Elas são um resumo de todas as pessoas queridas, que passaram ou ainda continuam em minha vida. São fotos de família.

Estranho, percebi só agora que as imagens estão esvanecendo. As coloridas estão quase sem cores e as em preto e branco estão amareladas e perdendo o contraste.

Fiquei longo tempo analisando, e descobri que assim como as fotos vão perdendo sua beleza, e seu colorido, nossas lembranças também vão se modificando através da passagem do tempo.

Tudo aquilo que nos magoou e decepcionou, acabam ficando sem importância. No final só ficam as lembranças boas, mesmo que um pouco apagadas.

Acredito que as cores de tudo que nos deu alegrias e felicidades acabam se renovando através de nossas lembranças.

Talvez por isso, nos tornamos mais sábios com o passar dos anos, pois aprendemos a dar valor somente às coisas, e as pessoas, que realmente são importantes em nossa vida.

Todo o resto colocamos no lixo ou simplesmente (deletamos) apagamos de nossa mente, sem ao menos darmos conta que assim o estamos fazendo.

Mesmo não estando mais com a mesma beleza de antes, gosto de olhar para os meus painéis. Acabo sempre matando as saudades de meus entes queridos que já fizeram a passagem, e gosto de rever a carinha feliz de meus filhos e netos quando ainda eram crianças. 

Maria (Nilza) de Campos Lepre . 

sábado, 10 de outubro de 2020

Bate papo com café:  FELIZDIA DAS CRIANÇAS. (9-10-2013) Naminha infâ...

Bate papo com café:  FELIZDIA DAS CRIANÇAS. (9-10-2013)

 Naminha infâ...
:   FELIZ DIA DAS CRIANÇAS. ( 9-10-2013)   Na minha infância, todos os dias eram das crianças. Levantávamos bem cedinho, assim que o dia r...

 

FELIZ DIA DAS CRIANÇAS. (9-10-2013)



 

Na minha infância, todos os dias eram das crianças. Levantávamos bem cedinho, assim que o dia raiava. Nossos pais não deixavam que ficássemos perdendo tempo dormindo sem necessidade.

Nosso lanche da manhã lembrava mais um almoço. A mesa sempre tinha: pão fresquinho, queijos feito em casa, manteiga batida na hora, bolos e bolachas à vontade; geralmente tudo feito por nossa mãe ou por sua serviçal.

O leite e o pão eram deixados na porta de casa por carrocinhas de leiteiros e padeiros. Eles não continham nenhum conservante ou coisa parecida.

Logo ao levantar mamãe pegava o pão e o leite, que já se encontravam a porta da casa. Enquanto arrumava a mesa colocava o leite para ferver, matando assim qualquer bactéria que nele se encontrava.

Barriguinhas cheias e completamente descansados nós começávamos um novo dia. Nada mais, do que brincar e se divertir. Fazíamos uma pausa nas brincadeiras quando nossos pais nos chamavam para fazermos as tarefas escolares.

Passávamos horas a jogar bola. Às vezes subíamos e descíamos de árvores, para colher alguma fruta de estação, ou simplesmente pelo prazer das escaladas. Frequentávamos as casa de nossos amiguinhos como se fossem a nossa.

Éramos crianças alegres felizes e livres. Não havia preocupação com roubos, sequestros ou qualquer outra maldade.

A minha foi uma infância que desejaria que todas as crianças de hoje pudessem ter.

Foi um dos períodos mais felizes de minha vida.

Maria (Nilza) de Campos Lepre