segunda-feira, 9 de junho de 2014

Ampulheta da vida.

Ampulheta da vida.

Hoje descobri que sou um átomo,
perdido numa imensa jornada
onde tantos outros  se juntam
desgovernados, desiludidos
sem destino e sem rumo certo.
Faço parte da ampulheta do tempo.
Tempo que passa rapidamente.
A areia nunca para de cair,
e quando o tempo se esgota
sempre haverá a mão de Deus
para vira-la e começar novamente.
Nesta virada, muitas vidas se perdem,
mas, sempre haverá outras
para ocupar as lacunas deixadas.
Sei que sou um destes grãos de areia.
Em breve serei trocada por outro.
É assim que caminha a humanidade.
Assim foi desde o início dos tempos.
Assim continuará para sempre.
Julgava saber muito da vida.
Hoje descobri que não sei nada.


Maria (Nilza) de Campos Lepre – 17/05/2014