domingo, 20 de outubro de 2013

Deixe-me em paz

Deixe-me em paz

Você foi se achegando aos poucos...
Se encostando como quem nada quer...
Foi invadindo meu corpo lentamente...
E com habilidade foi tomando conta de meu ser.
Com você sensações delirantes.
Ora um arrepio de frio,
Mesmo estando num calor insuportável...
Ora um calor que aquece tanto,
Que me faz transpirar a cântaros...
As pernas me faltam, parecem feitas de gelatina...
A minha volta o mundo passa lentamente.
Você conseguiu me deixar suspensa
No tempo e no espaço.
Mas por favor, vá embora.
Não te quero aqui comigo...
Quero poder respirar sem essa tosse
Que me tira o fôlego e embaralha meus sentidos,
Quero voltar a ser aquela que sempre fui.
Deixe-me seguir a vida sem você...
Gripe maldita me deixe em paz.

Maria (Nilza) de Campos Lepre - Setembro de 2013